quinta-feira, 20 de setembro de 2012

TRABALHO COMPULSÓRIO

Trabalho Compulsório
Um trabalhador gasta atualmente em média de 3 a 3,5 horas diárias para ir e vir do trabalho, o que coloca a jornada de trabalho perto de treze a catorze horas com muit6a sorte.
Isso significa dizer que o convívio familiar é quase zero e com a comunidade então nem pensar. Mal e mal dá para dizer bom dia para o vizinho ao sair de madrugada e boa noite ao chegar noite adentro.  É regra geral para quem se locomove em seu próprio carro ou para quem anda nos precários transportes coletivos e trabalha no período diurno, não estando desempregado naturalmente.
Divulgaram que o Brasil completou o exuberante número de 80 milhões em automóveis nas ruas. Ou seja, quase um carro para cada habitante fazendo engarrafar o transita até das pequenas cidades. E o pior é que tem gente comemorando esse feito, mas nos faz esquecer a perda de uma das conquistas mais importantes dos trabalhadores no início do século passado no Brasil, que é a redução da jornada de trabalho, para oito horas por dia, que já foi para o beleléo ou para a Dilma!
Caso o trabalhador resolva assistir a um jogo de futebol no horário das dez da noite, que é o horário imposto pelo sistema de comunicação para não atrapalhar a novela, a coisa se complica ainda mais. O coitado terá de andar até o carro que ficou longe do estádio, ou suplicar por algum transporte público já de madrugada.
Vale lembrar que o futebol foi a razão do surgimento da semana inglesa. Na Inglaterra o berço do futebol, havia enorme confusão nas fábricas por causa dos jogos durante a semana, daí o governo decidiu reservar os finais de semanas, para os esportes, mas isso é apenas um detalhe.
No Brasil essas famílias bem podiam estar nas áreas rurais caso fosse outra a estrutura social entre nós. As grandes propriedades cada vez mais mecanizadas, com o benefício do dinheiro público, expulsam as pessoas do campo, sem contar que as que conseguem ficar, padecem da falta de quase tudo, escolas, assistência a saúde e outros serviços.
Mas uma vez que estão nas cidades (ou periferias) podiam pelo menos desfrutar de um transporte decente, para que sua jornada de trabalho na labuta diária fosse mais branda.O que ocorre entretanto é que nem o pobre, o remediado ou até o mais rico tem facilidade para se locomover no ambiente urbano. Exceto aqueles que fazem com que São Paulo seja a cidade que tem mais helicóptero no mundo. Ou seja, exatamente aqueles que aplaudem a marca de 80 milhões de automóveis e que parecem estar vivendo em outro planeta diferente do nosso.
Alias garantir qualidade de vida para o homem do campo, rever políticas públicas nas cidades, é antes de tudo, voltar a uma jornada de trabalho mais justa e saudável. Seria pois, voltar no tempo e na história, quando tudo começou a mudar para melhor, agora piorou de vez!!!

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