domingo, 2 de novembro de 2014

Crônica do Garibaldi: Sociopata ou videopata

Crônica do Garibaldi: Sociopata ou videopata:

“So we smother the best in us. Gradually the light of our dreams turns into the monster of our nightmares, they become things not done...

Sociopata ou videopata







“So we
smother the best in us. Gradually the light of our dreams turns into the
monster of our nightmares, they become things not done, possibilies not
lived”!!!
Sociopata ou videopata?
Uma nova onda de psicopatologias virtuais vem tomando conta
da ciência psiquiátrica.
Dentre elas uma forte depressão que conduz o indivíduo a
cometer o chamado “Facebookcídio”, ou seja, o ato de dar cabo da própria
existência virtual, apagando todas as memórias e interrompendo a constante
presença na rede social. Muitos redepressivos (assim são conhecidos os
depressivos da rede social), vem procurando ajuda especializada após deletarem
seus perfis no ‘Facebook’ e não conseguirem manter um conhecimento mínimo sobre
si mesmos, iniciando uso estensivo de remédio Tarja Preta.  Se sua vida nas redes sociais é mais ativa
que qualquer outro aspecto da sua existência, procure um amigo, vá ao bar mais
próximo da sua casa e tome varias doses de “Mundo Real”. Isso é mais do que
necessário para recuperar o controle sobre sua própria vida, segundo estudos
realizados pela Sociedade  Brasileira de
Psiquiatria. Já existe até um termo para classificar os viciados na Vida
Virtual: “Os videopatas” uma versão cibernética menos agressiva dos
“Sociopatas”. Mas de qualquer forma um perigo para quem não consegue se livrar
do vício.
Os mais preocupados com a falta de privacidade criaram o dia
de apagar a conta do ‘Facebook’, para alavancar o suicídio em massa, estão
usando as próprias redes sociais para isso e convocando amigos próximos para
fazerem o mesmo: parece loucura mas é real.
O exesso de ‘Mundo Virtual’,afasta os indivíduos da
realidade e os transforma por traz da tela de um computador ou de um celular! A
pessoa se sente poderosa, perde o medo, a insegurança e a timidez. Mas quando
acorda para o mundo real, para as expectativas que cercam o seu dia a dia bate
o desespero, a falta de iniciativa & o desânimo. Para essas pessoas é
melhor o “Suicídio Virtual”, para que possam enfrentar a realidade, afinal não
há pecado nem crime nisso e sim um grande alívio. (matéria de Vicente de Aquino
editor de Metro News).

sábado, 30 de março de 2013

O MENINO E O PIÃO - DEMETRIO.

ALGUMAS COISAS E IDEIAS DURANTE A DITADURA PASSARAM COMPLETAMENTE DESPERCEBIDAS, COISAS E IDEIAS, COMO SONHOS E PROJETOS, SOCIAIS OU MUSICAIS COMO ESTE DE DEMETRIO:

O Menino e o Pião

Demétrius

O menino caminhava,
noite fria de São João
As estrelas ele olhava,
mãos nos bolsos, pés no chão
Na cabeça um pensamento
de repente lhe ocorreu
Que as noites eram suas
e os dias eram seus
Era grande o seu brinquedo,
tinha um mundo em suas mãos
E, apesar de ser tão grande,
era igual ao seu pião
Esse mundo que rodava,
toda a vida sem parar
E o menino caminhava,
pela noite a meditar
Se ele fosse o seu vizinho,
não brigava com seu pai
Só por causa de uma cerca
que de vez em quando cai
E se fosse engenheiro,
não iria descansar
Não deixava gente pobre
sem ter casa pra morar
Se ele fosse delegado,
não prendia mais ninguém
Ensinava quem errasse a ser bom,
a querer bem
E se fosse farmacêutico,
dentista ou doutor
Não cobrava quase nada para aliviar a dor
Se ele fosse presidente da América do Sul
Não deixava que fumaça poluísse o céu azul
Finalmente se ele fosse Jesus Cristo, rei dos reis
Tiraria da cabeça das pessoas tantas leis
Era grande o seu brinquedo.


quarta-feira, 20 de março de 2013

O PAPEL DO ESTADO NO CAPITALISMO: ARGENTINA E BRASIL.


O PAPEL DO ESTADO NO CAPITALISMO: ARGENTINA E BRASIL.
Vários autores nos mostram que quando o capitalismo evoluiu para sua fase superior, a dos monopólios, constituindo-se num sistema mundial, as nações foram divididas em dois blocos, um pequeno formado pelas nações mais adiantadas, potências possuidoras de colonias e áreas de influência; e um outro formado pela imensa maioria das nações dominadas, colonias ou semi-colonias. Com a revolução Russa de 1917, o mercado mundial único foi rompido. E principalmente depois da segunda guerra mundial, (espaço vital), com a formação do bloco socialista o capitalismo sofre grande revez com o surgimento do sistema socialista composto pela URSS, CHINA, COREA, e Republicas populares do leste europeu. O mundo então ficou dividido em dois sistemas: socialismo e capitalismo. Com a restauração capitalista na URSS em 1956, (ano em que eu nasci) e paulatinamente nos países de leste europeu, China, Vietnã e Cuba desde 1976, o mercado mundial único foi restabelecido, só que na forma de bipolarização entre dois impérios, USA e URSS. Nos anos 1990, com o desmoronamento da URSS o USA converteu-se em superpotência hegemônica agrupando INGLATERRA, FRANÇA, ALEMANHA, ITALIA, CANADÁ, JAPÃO e RUSSIA e por ultimo incluindo a CHINA, passando de G8 a G9 compondo o punhado de nações opressoras da imensa maioria de nações espoliadas sob a forma de semi-colonias.
A dinâmica do mercado global é de conluio entre as nações opressoras para aumentar a extorsão sobre as nações oprimidas e conjurar toda tentativa de libertação mantendo-as como mercado cativo e repartilha de fornecedores de matéria-prima essencial para o fabrico de mercadorias em massa. Notamos assim que a reestruturação do estado não muda seu carácter. No período do colonialismo inglês, que buscava a todo o custo impedir a industrialização das semi-colonias: veja o caso do Paraguai por exemplo.
Após a primeira guerra mundial o colonialismo inglês entra em decadência, cedendo o lugar cada vez mais para o USA, culminando no pós segunda guerra mundial com a escassez de matéria-prima o que força os Estados Unidos a inverter o jogo transferindo fábricas para as semi-colonias. Para dinamisar o processo de industrialização, tanto o estado brasileiro quanto o argentino teve que bancar com financiamento público social não só as montadoras mais também as industrias complementares como as autopeças com pesados incentivos fiscais. Para atingir tais objetivos o estado brasileiro teve ainda que investir em infra-estrutura como portos estradas para escoar a produção antes da formação consistente de um mercado interno. Essas mudanças impulsionados pelos EUA foi precedida pela ascensão do estado burocrático que no Brasil foi representado pelo movimento liberal de 1930 com VARGAS e na Argentina com PERON. De lá para cá essas duas facções mantiveram a hegemonia do estado, mas definida pelos interesses externos que o voto popular livre do eleitorado, pois o financiamento das eleições eram feitos por bancos transnacionais compartilhado pelas grandes empresas, algumas vezes sob influencia direta do departamento de estado americano.
Os golpes militares nos dois países foram expressões dessas disputas de gerenciamento dessa dependência e os governantes se convertendo em simples gerentes de plantão. Menem na Argentina e Collor e Cardoso no Brasil expressaram essa predominância da burguesia compradora fora da hegemonia estatal que era uma tentativa de proteger o mercado interno para os produtores internos.
Getulio , Juscelino, o regime militar e Sarney no Brasil, Peron, Evita, Izabelita e os KIRTNERS na argentina foram expressões da burguesia burocrática no poder. Luis Inácio só pôde triunfar eleitoralmente com o concurso da grande burguesia burocrática, consumada na chapa de José Alencar industrial mineiro expressa na “CARTA AO POVO BRASILEIRO”, vinha assim recobrar a hegemonia perdida com a eleição de Collor e Cardoso, logo assim com o gerenciamento de LULA transformou-se em arena de contendas entre duas facções, a burguesia econômica e a grande massa dos trabalhadores. Já com Dilma Rousseff essa contenda aprofundou-se combinando com “políticas compensatórias” com seu manejo neo-populista com o avanço das politicas capitalistas de interesse dos EUA principalmente em São Paulo, encoberto por um demagógico discurso desenvolvimentista, enquanto no geral o gerenciamento petista tem sido chave para a dominação capitalista transitar o turbulento período de sua crise geral.
O que importa é que certas reestruturações do estado expressa nos ciclos de crises políticas desses países, ou superficiais reorientações de gerenciamento não muda seu caráter de classe. No passado recente ou atualidade, os dois países foram e são serviçais do capitalismo burocrático que continua dominando. Nesse quadro de servilismo do estado, importa muito pouco o fato de a propriedade das empresas, estar nas mãos de monopólios privados ou estatais. A DERRAMA acontece de um jeito ou de outro. Pode acontecer ainda que com a crise geral do capitalismo entre as nações dominadoras, se agravando o gerenciamento das semi-colonias, façam um certo jogo para obter vantagens de uma ou outra nação capitalista dominante. Hoje por exemplo com o aumento da influencia da CHINA sobre todos os continente alguns gerentes (governos), podem sentirem-se animados a trocarem de AMO, como se a subjugação nacional por um fosse diversa da de outro. Esse jogo já aconteceu com o bloco de “Países não Alinhados”, na época da chamada guerra fria entre USA e URSS dois impérios capitalistas na verdade, um de estado outro privado.

SÓ A REVOLUÇÃO MUDA O CARÁTER DO ESTADO
as experiencias vividas por Chile, Brasil, Argentina e outros países de outros continentes do mundo, mostram muito bem que as iniciativas pseudo reformistas, como vemos com DILMA e CRISTINA longe de alterar o caráter do estado só o reforça, inclusive a habilidade de enganar as massas quanto aos objetivos presentes e futuros.
O reformismo como uma das expressões da burguesia burocrática frente a dominação do capitalismo e monopólios está historicamente condenadas ao fracasso e está confirmado na experiencia histórica mundial. Aos que lutam por transformações profundas para seus países, é necessário compreender que na época do imperialismo, só a revolução dirigida pela classe operária, representada por seu autêntico partido e apoiada na frente única formada pela aliança operária-camponesa com a pequena e média burguesia, pode romper a dominação e destruir o velho e apodrecido estado de grandes burgueses e latifundiários. Dar guerra sem quartel aos opressores da nação e seus lacaios locais ou internacionais, através de permanente mobilização das massas populares, para construir uma nova democracia sob as cinzas do semi-colonialismo e isso se faz primeiro com educação. Assim culminar a formação nacional independente de dominação, abrindo caminho para um socialismo de verdade, uma sociedade verdadeiramente democrática e socialmente justa.

segunda-feira, 18 de março de 2013

DESCULPE SOU CRISTÃO MAS VOU FALAR.


DESCULPE SOU CRISTÃO MAS VOU FALAR.
Egresso das fileiras da juventude Hitlerista , o ex chefe da congregação para a doutrina da fé (eufemismo criado para substituir o funesto nome de Inquisição), Joseph Ratzinger, vulgo Bento XVI, anunciou sua renuncia ao único estado clerical do mundo, Vaticano no dia 11 de fevereiro.
Após os tramites feudais que reservaram vários dias até a efetiva saída dos holofotes, Ratzinger se recolheu a um castelo, onde passa a ser chamado de “Papa Emérito”, espécie de título de consolação para quem, como ele, ao perceber que as lutas internas e os escândalos de depravação sexual e pedofilia, corrupção e lavagem de dinheiro, forçam a igreja a uma série de reformas, assim ele tirou o time de campo como herói, antes de ser oficialmente deposto pelos eventos não propriamente reformadores. Inevitavelmente reformas acontecerão desembocando no instituto do celibato, fonte inevitável das taras, muitas hediondas até mesmo diante das leis dos homens.
A coisa toda nos faz pensar em como um estado anacrônico, feudal e arcaico chegou até os dias de hoje, com uma relativa unidade de poder.
Com quase dois mil anos de manipulação da fé religiosa das massas, esmagando-as materialmente e afundando-as espiritualmente num mar de terror sem fim. No passado a igreja atingiu seu auge no feudalismo, a ferro e fogo, apoderou-se também da ciência para tentar atrasar qualquer desenvolvimento do conhecimento, incluso o da verdade em favor de seus dogmas. Com sofisticados métodos de torturas, em nome de deus supliciou incontáveis pessoas.
A inquisição chamada “SANTA”, imolou nas fogueiras da ignorância muitas das maiores mentes da época, bem como reformadores da própria igreja. Cabe ainda lembrar a cumplicidade da igreja com o fascismo e nazismo, a criação de grupos reacionários como a opus dei e outras ordens.; os esforços para melar qualquer processo revolucionário, sempre atuando como força auxiliar do poder instituído. Apesar de tudo isso, segue mesmo assim, mercadejando com o sentimento religioso das massas, com sua ideologia feudal imposta por uma máquina burocrática. Não por acaso as classes dominantes das democracias ocidentais tem na igreja o principal escudo ideológico contra a libertação das pessoas e o progresso da humanidade. A igreja é aliada de primeira hora de qualquer regime político explorador e opressor, que por sua vez lhe permite a ingerência nos assuntos de estado, jogando no lixo a definição de estado laico em qualquer país governado pela burguesia e latifúndio, ou no interesse dessas classes que é o caso do Brasil.
Das instituições condenadas ao aterro sanitário da história, a igreja é sem dúvida a mais longeva e medieval. Porem é bom não confundir isso com a eternidade atribuída por ela a alma humana.
A questão no mundo de hoje é “Ou somos preparados para consumir ou morremos de fome qualitativa”, ouvi um padre falar na Rede Vida, canal católico, ele ainda completou você tem fome de que? Referindo-se a musica dos Titãs. Então voltamos a questão o que vamos consumir e como vamos consumir? Isso incomoda muito. Alguns jornais noticiaram que a crença da sobrevivência da alma, incluindo a possibilidade de ter outras dimensões e consequentemente outros mundos habitados foi o que incomodou o papa junto com a disputa de poder. Quando fui fazer minha preparação para o casamento, sendo minha noiva criada na igreja sempre participando, o padre pediu que queria ver e falar com meus pais. Chegando a entrevista o padre perguntou para meus pais: qual sua religião? Meu pai respondeu sou espirita, perguntou para minha mãe e ela também meio exitante sou espirita, perguntou pra mim e eu mais exitante ainda fiquei do lado de meus pais. O padre perguntou porque acreditam nos espíritos? Meu pai afirmou acredito no que vejo, é ele via os espíritos, não falava para ninguém, mas não era justo negar para o padre. Resumindo o padre disse que teria que pedir permissão ao bispo para me casar, quando veio a permissão me fez prometer que batizaria os filhos na igreja, o que foi feito, trato é trato, hoje bons cidadãos respeitador da fé alheia mas um tanto desinteressados da própria, sabendo que fé demais cheira mal, confiam mais na esperança do vô que vive hoje nesse mundo invisível que ele via e nós não podemos ver, mas confiamos que ele está bem, mas que a simples referencia a imortalidade da alma incomoda, isso incomoda!!!

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

MUDANÇAS SOCIAIS E ECONÔMICAS


Mudanças sociais e econômicas
As transformações intensas que estamos vivendo, talvez as mais profundas de toda a história humana, estão sendo provocadas pela intensa evolução tecnológica. Esta escala de mudanças revolucionárias , mudará por completo todo o relacionamento social da humanidade, sem que estejamos totalmente preparados para modificações tão drásticas, ocorrendo em tão curto intervalo de tempo.
Examinando a comunidade humana como um todo, encontramos enormes diferenças sociais entre gigantescas fortunas e profunda miséria. Essa herança atávica e maldita nos foi deixada pela Era Industrial e pela Sociedade de Massa, pela organização do trabalho robótico e pela busca insensata de maior produtividade, enfim pela implantação de um espíritu extremamente competitivo e muitas vezes anti-ético.
No século XIX, a partir das idéias de David Ricardo, algo sombrias, desenvolveu-se a sociedade de Herbert Spencer (1820-1930), o qual adaptou as idéias de Darwin, da biologia para a sociedade humana, glorificando os ricos como o resultado de uma seleção natural de sobrevivência do mais forte. Tais idéias atravessaram o Atlântico e tornaram-se quase uma revelação divina para os Norte-americanos da época. O rico passou a ser o beneficiário inocente de sua própria superioridade. O interessante é que parte dessas idéias sobrevive até hoje em pleno século XXI e permeia a sociedade em que normalmente as coisas são colocadas em termos de vencedores e vencidos (perdedores), sobretudo quando se trata de sucesso econômico-financeiro. Não que a era industrial tenha sido destituída de benefício para a humanidade. Ela destruiu, em grande parte, os direitos de hereditariedade e a escravatura, abrindo possibilidades de maior mobilidade social. Todavia acabou também com valores humanos fundamentais e as conquistas sociais foram conquistadas através de várias revoltas, revoluções, guerras acompanhadas de muita crueldade e intenso derramamento de sangue.
Hoje a humanidade habituou-se a ética e a forma de ser da sociedade de massa implementada pela era industrial. Foram sedimentada certos valores que emergiram após o renascimento, como o direito ao lucro, a remuneração de empréstimos e juros, a cessão de direitos, a exploração de recursos agrominerais, a exploração de serviços públicos, o direito de patentes, a exploração de descobertas. Quase todos esses direitos estão ligados a interesses financeiros, à organização de empresas e uso intenso do capital.
Sedimentaram também valores sociais, como o trabalho permanente, o trabalho para toda a vida, o cidadão trabalhador e eficiente, a sociedade democrática representativa, as aposentadorias, a propriedade privada absoluta, a relação monotônica entre qualidade e preços, as profissões liberais especialisadas em setores específicos do conhecimento, os direitos legais de exercícios proficionais dentre outros. Todos esses valores e regras firmados em 300 anos de Era Industrial serão agora obrigatóriamente reavaliados, modificados em profundidade e estruturados na Era da Informação, a INFOERA.
Se por um lado a situação atual torna mais remota a possibilidade de uma guerra em escala planetária, em nenhum momento da história humana uma nação teve poder tão hegemônico, por outro lado, assistiremos ameaças e intervenções nos mais diferentes países, em nome da Pax Americana e suas razões sem que haja respeito ao direito internacional. Nas rerelações entre nações, embora disfarçadamente, ainda predomina a lei do mais forte.
É notório que hoje existe uma moeda hegemônica e uma assombrosa quantia de recursos monetários, medida em muitos trilhões de dólares, esvoaçando pelos mercados mundiais em busca de melhores aplicação e maiores lucros. É do conhecimento de todos também o crescente endividamento de governos e do público em geral, endividamento que cria condições favoráveis para o deslocamento do capital financeiro necessário aos investimentos produtivos.
Nessas condições, o endividamento generalizado amplia as possibilidades de movimentos especulativos, crises financeiras que se transformam em crises políticas.
Insistimos que o endividamento em progressão crescente, associado aos investimentos especulativos em bolsas e mercadorias acaba por deslocar o capital financeiro em busca de investimentos produtivos. O lucro pelo lucro numa velocidade assustadora que mais cedo ou mais tarde desaguam em crises financeiras de maiores proporções. É nesse ambiente caótico e turbulento, desenvolver-se-ão Redes Cooperativas e também novas relações trabalhistas.
O emprego não só mudará de natureza, modificando-se profundamente, como em muitos casos desaparecerá por completo.  A rede mundial com sua capacidade de intero-operabilidade ampliadas, tornaras comuns o trabalho e as tarefas distribuídas. Possibilitará também a existência de Redes Cooperativas de trabalho tecnológicos voltados para o saber. Finalmente propiciará a existência cada vez mais comum de Telemicroempresas criando uma INFOECONOMIA.
Em todo o mundo observa-se também, a crescente desvalorização do trabalho não-especializado e de baixo nível educacional. Na verdade num prazo de dez anos , provavelmente todo trabalho repetitivo, mesmo o de caracter intelectual, será feito por máquinas. Restarão aos seres humanos apenas as atividades em que devam ou consigam exercer a intuição e criatividade. A profunda mudança nos parâmetros que regem as relações trabalhistas e a natureza do próprio trabalho exigem que desde já se implemente uma cruzada educacional e cultural, visando a adaptação de dezenas de milhões de pessoas à Era da Informação.
O desemprego tecnológico na era industrial não foi novidade. A INFOERA, introduzirá novos parâmetros existênciais, em que a ociosidade e o laser deverão ser encorajados. A propagação das informações e a queda generalizada de custos dos produtos e serviços moldarão uma nova sociedade, cujos rumos ainda estão indefinidos, mas poderão proporcionar a todo genero humano uma qualidade de vida e dignificação sem precedentes na história.
A função básica das pessoas de bem e de iniciativa deverá deverá ser de possibilitar que a avalanche de inovações seja de certa forma benéfica e esteja ao alcance de um número cada vez maior de pessoas, de forma a tornar as transições sociais, que rapidamente se avizinham menos dolorosas. Embora ja estejamos vivendo em plena INFOERA, é preciso ter em mente que a maior parte, a mais intensa, da revolução da informação ainda não ocorreu. É importante ter claro que as transformações trazidas pela INFOERA, serão muito mais profundas que a era industrial. Enquanto esta exigiu 300 anos a INFOERA não precisará de 30.
Cabe a cada um de nós nos conscientizarmos dessas mudanças, de sua inevitabilidade e agir de tal forma que o mundo de nossos netos seja melhor e mais justo, onde as inquietações de hoje sejam definitivamente banidas e o homo sapiens possa de fato fazer jus à sua autodenominação.

Estas são idéias do Professor João Antonio Zuffo contidas no livro A Sociedade e a Economia no Novo Milênio.