sábado, 30 de março de 2013

O MENINO E O PIÃO - DEMETRIO.

ALGUMAS COISAS E IDEIAS DURANTE A DITADURA PASSARAM COMPLETAMENTE DESPERCEBIDAS, COISAS E IDEIAS, COMO SONHOS E PROJETOS, SOCIAIS OU MUSICAIS COMO ESTE DE DEMETRIO:

O Menino e o Pião

Demétrius

O menino caminhava,
noite fria de São João
As estrelas ele olhava,
mãos nos bolsos, pés no chão
Na cabeça um pensamento
de repente lhe ocorreu
Que as noites eram suas
e os dias eram seus
Era grande o seu brinquedo,
tinha um mundo em suas mãos
E, apesar de ser tão grande,
era igual ao seu pião
Esse mundo que rodava,
toda a vida sem parar
E o menino caminhava,
pela noite a meditar
Se ele fosse o seu vizinho,
não brigava com seu pai
Só por causa de uma cerca
que de vez em quando cai
E se fosse engenheiro,
não iria descansar
Não deixava gente pobre
sem ter casa pra morar
Se ele fosse delegado,
não prendia mais ninguém
Ensinava quem errasse a ser bom,
a querer bem
E se fosse farmacêutico,
dentista ou doutor
Não cobrava quase nada para aliviar a dor
Se ele fosse presidente da América do Sul
Não deixava que fumaça poluísse o céu azul
Finalmente se ele fosse Jesus Cristo, rei dos reis
Tiraria da cabeça das pessoas tantas leis
Era grande o seu brinquedo.


quarta-feira, 20 de março de 2013

O PAPEL DO ESTADO NO CAPITALISMO: ARGENTINA E BRASIL.


O PAPEL DO ESTADO NO CAPITALISMO: ARGENTINA E BRASIL.
Vários autores nos mostram que quando o capitalismo evoluiu para sua fase superior, a dos monopólios, constituindo-se num sistema mundial, as nações foram divididas em dois blocos, um pequeno formado pelas nações mais adiantadas, potências possuidoras de colonias e áreas de influência; e um outro formado pela imensa maioria das nações dominadas, colonias ou semi-colonias. Com a revolução Russa de 1917, o mercado mundial único foi rompido. E principalmente depois da segunda guerra mundial, (espaço vital), com a formação do bloco socialista o capitalismo sofre grande revez com o surgimento do sistema socialista composto pela URSS, CHINA, COREA, e Republicas populares do leste europeu. O mundo então ficou dividido em dois sistemas: socialismo e capitalismo. Com a restauração capitalista na URSS em 1956, (ano em que eu nasci) e paulatinamente nos países de leste europeu, China, Vietnã e Cuba desde 1976, o mercado mundial único foi restabelecido, só que na forma de bipolarização entre dois impérios, USA e URSS. Nos anos 1990, com o desmoronamento da URSS o USA converteu-se em superpotência hegemônica agrupando INGLATERRA, FRANÇA, ALEMANHA, ITALIA, CANADÁ, JAPÃO e RUSSIA e por ultimo incluindo a CHINA, passando de G8 a G9 compondo o punhado de nações opressoras da imensa maioria de nações espoliadas sob a forma de semi-colonias.
A dinâmica do mercado global é de conluio entre as nações opressoras para aumentar a extorsão sobre as nações oprimidas e conjurar toda tentativa de libertação mantendo-as como mercado cativo e repartilha de fornecedores de matéria-prima essencial para o fabrico de mercadorias em massa. Notamos assim que a reestruturação do estado não muda seu carácter. No período do colonialismo inglês, que buscava a todo o custo impedir a industrialização das semi-colonias: veja o caso do Paraguai por exemplo.
Após a primeira guerra mundial o colonialismo inglês entra em decadência, cedendo o lugar cada vez mais para o USA, culminando no pós segunda guerra mundial com a escassez de matéria-prima o que força os Estados Unidos a inverter o jogo transferindo fábricas para as semi-colonias. Para dinamisar o processo de industrialização, tanto o estado brasileiro quanto o argentino teve que bancar com financiamento público social não só as montadoras mais também as industrias complementares como as autopeças com pesados incentivos fiscais. Para atingir tais objetivos o estado brasileiro teve ainda que investir em infra-estrutura como portos estradas para escoar a produção antes da formação consistente de um mercado interno. Essas mudanças impulsionados pelos EUA foi precedida pela ascensão do estado burocrático que no Brasil foi representado pelo movimento liberal de 1930 com VARGAS e na Argentina com PERON. De lá para cá essas duas facções mantiveram a hegemonia do estado, mas definida pelos interesses externos que o voto popular livre do eleitorado, pois o financiamento das eleições eram feitos por bancos transnacionais compartilhado pelas grandes empresas, algumas vezes sob influencia direta do departamento de estado americano.
Os golpes militares nos dois países foram expressões dessas disputas de gerenciamento dessa dependência e os governantes se convertendo em simples gerentes de plantão. Menem na Argentina e Collor e Cardoso no Brasil expressaram essa predominância da burguesia compradora fora da hegemonia estatal que era uma tentativa de proteger o mercado interno para os produtores internos.
Getulio , Juscelino, o regime militar e Sarney no Brasil, Peron, Evita, Izabelita e os KIRTNERS na argentina foram expressões da burguesia burocrática no poder. Luis Inácio só pôde triunfar eleitoralmente com o concurso da grande burguesia burocrática, consumada na chapa de José Alencar industrial mineiro expressa na “CARTA AO POVO BRASILEIRO”, vinha assim recobrar a hegemonia perdida com a eleição de Collor e Cardoso, logo assim com o gerenciamento de LULA transformou-se em arena de contendas entre duas facções, a burguesia econômica e a grande massa dos trabalhadores. Já com Dilma Rousseff essa contenda aprofundou-se combinando com “políticas compensatórias” com seu manejo neo-populista com o avanço das politicas capitalistas de interesse dos EUA principalmente em São Paulo, encoberto por um demagógico discurso desenvolvimentista, enquanto no geral o gerenciamento petista tem sido chave para a dominação capitalista transitar o turbulento período de sua crise geral.
O que importa é que certas reestruturações do estado expressa nos ciclos de crises políticas desses países, ou superficiais reorientações de gerenciamento não muda seu caráter de classe. No passado recente ou atualidade, os dois países foram e são serviçais do capitalismo burocrático que continua dominando. Nesse quadro de servilismo do estado, importa muito pouco o fato de a propriedade das empresas, estar nas mãos de monopólios privados ou estatais. A DERRAMA acontece de um jeito ou de outro. Pode acontecer ainda que com a crise geral do capitalismo entre as nações dominadoras, se agravando o gerenciamento das semi-colonias, façam um certo jogo para obter vantagens de uma ou outra nação capitalista dominante. Hoje por exemplo com o aumento da influencia da CHINA sobre todos os continente alguns gerentes (governos), podem sentirem-se animados a trocarem de AMO, como se a subjugação nacional por um fosse diversa da de outro. Esse jogo já aconteceu com o bloco de “Países não Alinhados”, na época da chamada guerra fria entre USA e URSS dois impérios capitalistas na verdade, um de estado outro privado.

SÓ A REVOLUÇÃO MUDA O CARÁTER DO ESTADO
as experiencias vividas por Chile, Brasil, Argentina e outros países de outros continentes do mundo, mostram muito bem que as iniciativas pseudo reformistas, como vemos com DILMA e CRISTINA longe de alterar o caráter do estado só o reforça, inclusive a habilidade de enganar as massas quanto aos objetivos presentes e futuros.
O reformismo como uma das expressões da burguesia burocrática frente a dominação do capitalismo e monopólios está historicamente condenadas ao fracasso e está confirmado na experiencia histórica mundial. Aos que lutam por transformações profundas para seus países, é necessário compreender que na época do imperialismo, só a revolução dirigida pela classe operária, representada por seu autêntico partido e apoiada na frente única formada pela aliança operária-camponesa com a pequena e média burguesia, pode romper a dominação e destruir o velho e apodrecido estado de grandes burgueses e latifundiários. Dar guerra sem quartel aos opressores da nação e seus lacaios locais ou internacionais, através de permanente mobilização das massas populares, para construir uma nova democracia sob as cinzas do semi-colonialismo e isso se faz primeiro com educação. Assim culminar a formação nacional independente de dominação, abrindo caminho para um socialismo de verdade, uma sociedade verdadeiramente democrática e socialmente justa.

segunda-feira, 18 de março de 2013

DESCULPE SOU CRISTÃO MAS VOU FALAR.


DESCULPE SOU CRISTÃO MAS VOU FALAR.
Egresso das fileiras da juventude Hitlerista , o ex chefe da congregação para a doutrina da fé (eufemismo criado para substituir o funesto nome de Inquisição), Joseph Ratzinger, vulgo Bento XVI, anunciou sua renuncia ao único estado clerical do mundo, Vaticano no dia 11 de fevereiro.
Após os tramites feudais que reservaram vários dias até a efetiva saída dos holofotes, Ratzinger se recolheu a um castelo, onde passa a ser chamado de “Papa Emérito”, espécie de título de consolação para quem, como ele, ao perceber que as lutas internas e os escândalos de depravação sexual e pedofilia, corrupção e lavagem de dinheiro, forçam a igreja a uma série de reformas, assim ele tirou o time de campo como herói, antes de ser oficialmente deposto pelos eventos não propriamente reformadores. Inevitavelmente reformas acontecerão desembocando no instituto do celibato, fonte inevitável das taras, muitas hediondas até mesmo diante das leis dos homens.
A coisa toda nos faz pensar em como um estado anacrônico, feudal e arcaico chegou até os dias de hoje, com uma relativa unidade de poder.
Com quase dois mil anos de manipulação da fé religiosa das massas, esmagando-as materialmente e afundando-as espiritualmente num mar de terror sem fim. No passado a igreja atingiu seu auge no feudalismo, a ferro e fogo, apoderou-se também da ciência para tentar atrasar qualquer desenvolvimento do conhecimento, incluso o da verdade em favor de seus dogmas. Com sofisticados métodos de torturas, em nome de deus supliciou incontáveis pessoas.
A inquisição chamada “SANTA”, imolou nas fogueiras da ignorância muitas das maiores mentes da época, bem como reformadores da própria igreja. Cabe ainda lembrar a cumplicidade da igreja com o fascismo e nazismo, a criação de grupos reacionários como a opus dei e outras ordens.; os esforços para melar qualquer processo revolucionário, sempre atuando como força auxiliar do poder instituído. Apesar de tudo isso, segue mesmo assim, mercadejando com o sentimento religioso das massas, com sua ideologia feudal imposta por uma máquina burocrática. Não por acaso as classes dominantes das democracias ocidentais tem na igreja o principal escudo ideológico contra a libertação das pessoas e o progresso da humanidade. A igreja é aliada de primeira hora de qualquer regime político explorador e opressor, que por sua vez lhe permite a ingerência nos assuntos de estado, jogando no lixo a definição de estado laico em qualquer país governado pela burguesia e latifúndio, ou no interesse dessas classes que é o caso do Brasil.
Das instituições condenadas ao aterro sanitário da história, a igreja é sem dúvida a mais longeva e medieval. Porem é bom não confundir isso com a eternidade atribuída por ela a alma humana.
A questão no mundo de hoje é “Ou somos preparados para consumir ou morremos de fome qualitativa”, ouvi um padre falar na Rede Vida, canal católico, ele ainda completou você tem fome de que? Referindo-se a musica dos Titãs. Então voltamos a questão o que vamos consumir e como vamos consumir? Isso incomoda muito. Alguns jornais noticiaram que a crença da sobrevivência da alma, incluindo a possibilidade de ter outras dimensões e consequentemente outros mundos habitados foi o que incomodou o papa junto com a disputa de poder. Quando fui fazer minha preparação para o casamento, sendo minha noiva criada na igreja sempre participando, o padre pediu que queria ver e falar com meus pais. Chegando a entrevista o padre perguntou para meus pais: qual sua religião? Meu pai respondeu sou espirita, perguntou para minha mãe e ela também meio exitante sou espirita, perguntou pra mim e eu mais exitante ainda fiquei do lado de meus pais. O padre perguntou porque acreditam nos espíritos? Meu pai afirmou acredito no que vejo, é ele via os espíritos, não falava para ninguém, mas não era justo negar para o padre. Resumindo o padre disse que teria que pedir permissão ao bispo para me casar, quando veio a permissão me fez prometer que batizaria os filhos na igreja, o que foi feito, trato é trato, hoje bons cidadãos respeitador da fé alheia mas um tanto desinteressados da própria, sabendo que fé demais cheira mal, confiam mais na esperança do vô que vive hoje nesse mundo invisível que ele via e nós não podemos ver, mas confiamos que ele está bem, mas que a simples referencia a imortalidade da alma incomoda, isso incomoda!!!